quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Petrobras: Escândalos em Série e o passo a passo da roubalheira.

Petrobras: O Paraíso da Corrupção é aqui.

Grande parte da propina cobrada por Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, das empresas que prestavam serviços para a Petrobras foi paga na forma de doação oficial ao Partido dos Trabalhadores (PT). A informação consta no depoimento de delação premiada de Augusto Ribeiro Mendonça Neto, que representou várias empresas desde a década de 90, entre elas a Setal Engenharia, depois transformada em Toyo Setal.
Na prestação de contas do PT à Justiça Eleitoral entre os anos de 2008 e 2011, há doações feitas pelas empresas mencionadas por Mendonça Neto num total de R$ 3,6 milhões. A maior parte, cerca de R$ 2,6 milhões, entrou no caixa do partido via a Setal Engenharia, que também atende pelo nome de SOG Óleo e Gás S/A. As doações foram feitas ao longo de 2009, 2010 e 2011. Outras duas empresas citadas no depoimento também aparecem nas contas do PT. A empresa Setec Tecnologia S/A doou R$ 500 mil em 2010, mesmo valor da contribuição da PEM Engenharia, no mesmo ano.
Tesoureiro do PT: João Vaccari Neto

Mendonça Neto detalhou os pagamentos feitos pela Setal para participar de obras da Refinaria Presidente Vargas (Repar),no Paraná. Com Renato Duque, então da Diretoria de Serviços, foram negociados entre R$ 50 milhões a R$ 60 milhões. Segundo ele, parte foi entregue também em dinheiro vivo a um emissário de Duque conhecido como "Tigrão", descrito como um homem em torno de 40 anos, moreno, com altura entre 1m70 e 1m80 e "meio gordinho". O executivo afirmou que Tigrão agiu como emissário de Duque na maioria das vezes, mas que o dinheiro era retirado em seu escritório também por outros homens, também conhecidos por apelidos, como “Melância” e “Eucalipto”. A terceira forma de pagar a propina, segundo ele, eram os depósitos em contas no exterior, indicadas por Duque e pelo gerente Pedro Barusco Filho. Os pagamentos da Setal, segundo o executivo, foram feitos entre 2008 e 2011.
Renato Duque: ex-diretor de Serviços da Petrobras.

O executivo afirmou ter desembolsado ainda, no mesmo contrato da Repar, outros R$ 20 milhões de propina para a diretoria de Paulo Roberto Costa, de Abastecimento, cujo destino era o PP. A negociação foi feita com José Janene (PP), falecido em 2012. Segundo ele, os repasses de dinheiro foram feitos entre março de 2009 a fevereiro de 2012 e o último evento do contrato ocorreu em janeiro de 2013. Os depósitos, neste caso, foram feitos nas contas de três empresas controladas pelo doleiro Alberto Youssef : MO Consultoria, Rigidez e RCI. Numa segunda obra, o Projeto Cabiúnas, o valor pago em propina foi de R$ 2 milhões.

Mendonça Neto disse ter feito pelo menos um depósito, no valor de US$ 1 milhão, numa conta de Renato Duque no exterior denominada Marinelo. O dinheiro era propina pela obra da Estação de Compressão de Gás de Cabiúnas, conhecido como Tecab-Cabiúnas 3 e a transferência foi feita por meio de uma empresa que o executivo mantinha no Panamá. A propina total da obra, afirmou, foi em torno de R$ 30 milhões e paga pelo consórcio formado pela SOG Óleo e Gás ( vinculada ao grupo Setal), Promon Engenharia e Shanska.

Fonte: O Globo.

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